DILÚCULO
holofote – o pastor das cabras que enojam o mundo
crescem canas verdes no baldio dos olhos
pendem cápsulas nos lóbulos das orelhas – estratos vicejam
na gaguez matinal,
ousam recriar a mensagem fotoeléctrica do holofote
enquanto perturbado pastor
jejuam plantas
em contínuo coito assistido pela rara lascívia
de artrópodes bem-humorados
com o seu quê de obscenidade ardilosamente
explorada
pelo leque versátil de sobreluzidos apêndices
só e sonâmbulo,
estado de quem conhece a refractária pérola de lis;
no lugar do coração um caroço – é uma estátua
cujo bronze amadurece
crescem canas verdes no baldio dos olhos
pendem cápsulas nos lóbulos das orelhas – estratos vicejam
na gaguez matinal,
ousam recriar a mensagem fotoeléctrica do holofote
enquanto perturbado pastor
jejuam plantas
em contínuo coito assistido pela rara lascívia
de artrópodes bem-humorados
com o seu quê de obscenidade ardilosamente
explorada
pelo leque versátil de sobreluzidos apêndices
só e sonâmbulo,
estado de quem conhece a refractária pérola de lis;
no lugar do coração um caroço – é uma estátua
cujo bronze amadurece
Porfírio Al Brandão
in Iconocaptor
pré-publicação
4 Comments:
e assim tu vais amadurecendo o grito...e crescendo....bjo.al apaixonado...:)
"no lugar do coração um caroço – é uma estátua
cujo bronze amadurece"
chega a doer.
Porfirio,
...como gosto de te ler!... nao sei como consegues subjugar assim as palavras. és um domador!
Abracicos!
Lá o caroço no lugar do coração é mesmo «bronzífero»!
Boa noite, Porfírio e Sérgio. Não sei que responso rezaram aos Pianos que eles desafinaram de todo... não consigo arrancá-los e já são 2 da matina.
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