MESA PARA UM
comprei rosas vermelhas para o jantar.
de tão avesso natural, amputo-lhes as pétalas e meço
a cova triangular do peito aborrecido – como tudo
se faz tão igual
sucumbem ao serem cozinhadas, povoam-nas cores
da ignomínia – as rosas destronadas no prato.
revelo-lhes a fúria metálica e estridente dos talheres, e
no alto da coluna humana a boca impacientemente
cromática, já fonte.
ao mastigá-las olho-as por dentro, avanço no corredor
da perversão; aí denoto o busto poliédrico de vivo
movimento, florindo para íntima navegação
na mesa oceânica, onde presas se entrecruzam
as ondas de pinho
melancólica nuvem de espuma – sobrevém-me
o dia cru
de tão avesso natural, amputo-lhes as pétalas e meço
a cova triangular do peito aborrecido – como tudo
se faz tão igual
sucumbem ao serem cozinhadas, povoam-nas cores
da ignomínia – as rosas destronadas no prato.
revelo-lhes a fúria metálica e estridente dos talheres, e
no alto da coluna humana a boca impacientemente
cromática, já fonte.
ao mastigá-las olho-as por dentro, avanço no corredor
da perversão; aí denoto o busto poliédrico de vivo
movimento, florindo para íntima navegação
na mesa oceânica, onde presas se entrecruzam
as ondas de pinho
melancólica nuvem de espuma – sobrevém-me
o dia cru
Porfírio Al Brandão
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3 Comments:
MESA PARA O FESTIM DAS PALAVRAS...!BELO. BJO.
Belissimo.
Abracicos!
como toda a beleza não podem ser consumidas. arriscamo-nos a k nos consumam.Bjocas
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