TUGAZOMBI

cadáver semi-frio com cereja na terceira narina

sexta-feira, novembro 25, 2005

ÁLIBI

nu.
saboreio a nula mordidela
esfregando nos membros azeite de trevos azulados
produzidos em estufa hipotérmica
simulacro da asmosfera

parábolas de halogéneos escorrendo aritmética;
decifro o fandango de línguas – à noite o cupido
trinca-as,
charada da imundice que é pecado

nu.
brinco ateado pelo vapor ígneo da água lenta
a erguer muralhas silentes, o CO2 assobiando
no labirinto das grutas profundas – nu
mergulho na salmoura de espuma


Porfírio Al Brandão
in Iconocaptor
pré-publicação

2 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

nu entras nas águas assustadoramente revoltas de um coração em chamas....como as tuas palavras de .....sal. belíssimo!

12:30 da manhã  
Blogger Conceição Paulino said...

e pq raio necessitamos de álibis? para nós ou pra os outros? nús não temos álibis. não épossivel. toda anudez expõe a totalidade

11:38 da manhã  

Enviar um comentário

<< Home