MEMBRANA
no último sábado, decidi colher bagos de tinta mágica.
atravessei a estrada como fronteira
rompia assim a película do breve perjúrio gelatinoso.
mais do que a dúbia impressão,
estranhei a hiperactividade dos pseudosentidos
– faiscaram ilhas nos nenúfares coralíferos
dos lábios
tarde soalheira com os dedos dos pés convertidos
em tesouras, desbravando ervas e arbustos;
palmilhando o teatro ecossistémico distingui
minúsculos seres corcundas,
guardiães à porta dos nós da árvore milenar
onde alojadas descansam as deusas ciganas
doutro tempo
servi chá de hortelã apimentada aos anões órfãos
da floresta.
deitei-os em suas camas – magas flores amarelas
da carqueja – despedi-me
e iniciei o regresso…
para além da película vislumbrei a transmutada égua
nos pastos de alcatrão
atravessei a estrada como fronteira
rompia assim a película do breve perjúrio gelatinoso.
mais do que a dúbia impressão,
estranhei a hiperactividade dos pseudosentidos
– faiscaram ilhas nos nenúfares coralíferos
dos lábios
tarde soalheira com os dedos dos pés convertidos
em tesouras, desbravando ervas e arbustos;
palmilhando o teatro ecossistémico distingui
minúsculos seres corcundas,
guardiães à porta dos nós da árvore milenar
onde alojadas descansam as deusas ciganas
doutro tempo
servi chá de hortelã apimentada aos anões órfãos
da floresta.
deitei-os em suas camas – magas flores amarelas
da carqueja – despedi-me
e iniciei o regresso…
para além da película vislumbrei a transmutada égua
nos pastos de alcatrão
Porfírio Al Brandão
in iconocaptor
pré-publicação
3 Comments:
membrana...é para isso k servem.para ser rompidas. excepto as do nosso corpo. essas n/ queremos k se rompam. só se forem as invisíveis, e nem todas. bj
GOSTEI E MT. GOSTO DAS TUAS PALAVRAS ASSIM...QUASE SOALHEIRAS.QUASE....UM BJO. A PEDIR SOL.
... as vezes teces verdadeiros rendilhados surrealistas de palavras! muito bom.
Abracicos!
Enviar um comentário
<< Home