TUGAZOMBI

cadáver semi-frio com cereja na terceira narina

quarta-feira, dezembro 28, 2005

2

ele vê-se a decifrar o arrojo sanguíneo – pensar
emergência do vermelho como
turbulência cerebral por fantasma estéril

e ele fala aos cães gemendo com um
em si adentro feroz cão negro

a esses que não teme fala de silêncio roedor
brusco inicia um retiro discursivo
pinga solidão intuitiva
verte violência muda
ginga entre balaústres do passado
aponta à esfera ladrares compulsivos

desce falando aos cães que o temem
gemendo sempre fugindo

do cão negro ainda em si dentro
Porfírio Al Brandão
in episódios

2 Comments:

Blogger isabel mendes ferreira said...

p.o.r.f.i.r.i.o.

m.u.i.t.o...b.o.m.



b.e.i.j.o.

2:30 da tarde  
Blogger Conceição Paulino said...

estes teus poemas têm múltiplos registos. densos. Bjocas doces

7:47 da tarde  

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