O Poema (I)
Esclarecendo que o poema
é um duelo agudíssimo
quero eu dizer um dedo
agudíssimo claro
apontado ao coração do homem
falo
com uma agulha de sangue
a coser-me todo o corpo
à garganta
e a esta terra imóvel
onde já a minha sombra
é um traço de alarme
é um duelo agudíssimo
quero eu dizer um dedo
agudíssimo claro
apontado ao coração do homem
falo
com uma agulha de sangue
a coser-me todo o corpo
à garganta
e a esta terra imóvel
onde já a minha sombra
é um traço de alarme
Luiza Neto Jorge
in Poesia
assírio & alvim 2001
3 Comments:
para mim, poesia definitiva esta. 1abraço.
para mim tb. esta.
e b.e.i.jo.
«(...)traço de alarme.» a sombra e o corpo....Bjocas de luz e paz
Enviar um comentário
<< Home