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cadáver semi-frio com cereja na terceira narina

terça-feira, janeiro 24, 2006

O Poema (I)

Esclarecendo que o poema
é um duelo agudíssimo
quero eu dizer um dedo
agudíssimo claro
apontado ao coração do homem

falo
com uma agulha de sangue
a coser-me todo o corpo
à garganta

e a esta terra imóvel
onde já a minha sombra
é um traço de alarme
Luiza Neto Jorge
in Poesia
assírio & alvim 2001

3 Comments:

Blogger martim de gouveia e sousa said...

para mim, poesia definitiva esta. 1abraço.

11:50 da tarde  
Blogger isabel mendes ferreira said...

para mim tb. esta.

e b.e.i.jo.

5:05 da tarde  
Blogger Conceição Paulino said...

«(...)traço de alarme.» a sombra e o corpo....Bjocas de luz e paz

11:02 da manhã  

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