10
à luz ressurgem os cornos da bicicleta
e fico no que se camufla
pois retombam exageros de sangue
numa camisa às riscas
que a avó apertou ao peito
e beijou
aclareia-se-me a berma da estrada
pelo choro estilhaçado que o ranger comove
tal lasca de mundo ou folha granítica
intermitente de irmão a irmão
onde se desdobrou vida aos jorros
aliada ao musgo e à terra
presente ainda essa camisa
das nódoas só as dos beijos permanecem
e martelam
na minha cabeça
e fico no que se camufla
pois retombam exageros de sangue
numa camisa às riscas
que a avó apertou ao peito
e beijou
aclareia-se-me a berma da estrada
pelo choro estilhaçado que o ranger comove
tal lasca de mundo ou folha granítica
intermitente de irmão a irmão
onde se desdobrou vida aos jorros
aliada ao musgo e à terra
presente ainda essa camisa
das nódoas só as dos beijos permanecem
e martelam
na minha cabeça
Porfírio Al Brandão
in episódios
5 Comments:
Há quem diga k apoesia n/ s ecomenta. Eu digo k às vezes não o sei fazer. Leio e sinto. Ok posso e como sei.
hoje tens prosa em 2 dos meus blogs: Estranhos dia e Balão....
bjocas e uma boa semana :)
guarda tb as nódoas do tempo de acreditar em coisas boas....:)
bom dia "miudo"...e namora bem!
nem sempre descolamos da nossa dor. bom poema e abraço.
olá a todos.
neste poema revivo um episódio caricato da minha infância: eu e o meu irmão mais velho fomos atropelados por uma bicicleta descontrolada, próximos da casa da nossa avó. íamos na berma da estrada junto a um muro e fomos surpreendidos. tirando o pirotecnismo sangrento do meu nariz que jorrava em pleno verão e benfiquizava a minha camisa (gostaram??), apenas o condutor da bicla (nosso amigo e vizinho) teve ferimentos a requererem cuidados. mas tudo acabou bem.
abraços
[e saio de cena]
boa semana. Bjs e ;)
Enviar um comentário
<< Home