EBRIEZ
dados mergulham na cerveja
paulatinos dedos engendram órbitas
o copo queima em todo o perímetro
e a boca do degredado símio incha atónita
regressando a casa o polvilhar de enxofre
as faces em metamorfose o clamor no peito
incendiado
a elasticidade dos corpos
em torno dum eixo naufragado
e térmites algozes escarafuncham a vítima
e depois na cama
roda gigante em movimento
desponta a viagem vertiginosa
à ilha das aves brancas
entre vómitos abrolhosos o subterfúgio da sede
delírio de polímeros extintos ao pequeno-almoço
paulatinos dedos engendram órbitas
o copo queima em todo o perímetro
e a boca do degredado símio incha atónita
regressando a casa o polvilhar de enxofre
as faces em metamorfose o clamor no peito
incendiado
a elasticidade dos corpos
em torno dum eixo naufragado
e térmites algozes escarafuncham a vítima
e depois na cama
roda gigante em movimento
desponta a viagem vertiginosa
à ilha das aves brancas
entre vómitos abrolhosos o subterfúgio da sede
delírio de polímeros extintos ao pequeno-almoço
Porfírio Al Brandão
in Ancoradouro
Universitária Editora 2002
3 Comments:
ígneo e transbordante regresso a casa, à casa que também "conheço". abraço certo.
tu és um "nenúfar movediço"...belo e tranbordante....
(a imagem é tua num livro teu..)
segurar assim um texto exige talento. o teu. peculiar.
beijo.te.
...
vou procurar-te numa livraria e levar-te para casa
eu podia dizer que era para a cama, e era verdade, mas corria o risco de ser mal interpretada...
refiro-me ao teu livro, naturalmente
beijo-te,
alice
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