ontem dei por mim a passar por ti, não vou dizer aonde, estavas de costas, viravas a cabeça, vias-me pelo canto do olho e algo nas cores da roupa te cambiava o tom do olhar, sorrias a meio da boca, torcias os lábios, nada dizias, eu parada na montra a decifrar as mensagens dos carros a passar no vidro, tão depressa, tão inútil, tão arrepiada na curva das pernas onde o teu olho bicudo furava, tão depressa, tão profundo, só a paragem do metro testemunha, e os sacos das compras encostados, asas de plástico no meio de nós, não te lembras?
4 Comments:
tríptico soberbo que aquece a noite. obrigado, porfírio.
Pois.
a mim aquece-me a manhã...que ontem o bloguer esteve zangado...:)
nunca cansas de surpreender. não surpreendes o meu cansaço. fazes dele antes um prado onde me resguardo para melhor te "receber".
bom dia Al.
posso subscrever o martim?
vim ver-te ontem à noite, mas já estavas a dormir sossegado
;)
gosto de ti
beijo-te
ontem dei por mim a passar por ti, não vou dizer aonde, estavas de costas, viravas a cabeça, vias-me pelo canto do olho e algo nas cores da roupa te cambiava o tom do olhar, sorrias a meio da boca, torcias os lábios, nada dizias, eu parada na montra a decifrar as mensagens dos carros a passar no vidro, tão depressa, tão inútil, tão arrepiada na curva das pernas onde o teu olho bicudo furava, tão depressa, tão profundo, só a paragem do metro testemunha, e os sacos das compras encostados, asas de plástico no meio de nós, não te lembras?
beijos,
alice
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