Carlos Calvet (2000)
a primeira imagem é a do bebé ver
desaparecido o brinquedo debaixo
do tapete
para desconhecida dimensão do universo
depois surgem esboço a esboço
as paredes
comem área cada vez mais paredes
fortificam-se pelo tempo
mais baças do que verdes
ainda presas aos pés
as raízes de todas as plantas
ainda viva a sabedoria das árvores
no espírito
ainda intacto o contorcionismo das heras
e madressilvas
nos músculos
os reinos beijam-se
a herança dissimula-se
profunda e invisível prevalece
até que o homem cansado e velho
abraçado à rocha e dela já parente
confesse o berço vegetal
nos primeiros nós da carne
10 Comments:
há sempre
uma primeira imagem
que fica.a ela,
regresso calma
de vez em quando.é como se
no fundo,
fosse lá recolher um pouco,
é como se alguém cantasse
e eu ainda ouvisse.
um beijo
por as tuas palavras.
pois. assim o ciclo da vida poeticamente dito por voz única. abraço.
O MEU REINO POR ESTAS PALAVRAS....
________________________
A TUA DIMENSÃO...
(à minha maneira)...
beijo.te.
querido porfírio. desculpa-me. a semana foi difícil. devo-te um agradecimento pelas tuas visitas. é uma honra receber um iluminado. adorei a imagem. acho que podia ser a fotografia da minha cabeça neste momento. e o poema só podia ser teu. estilo inconfundível. um grande beijinho. bom fim de semana.
nos primeiros de nós: TU!
___________________
beijo.te.
Como eu gosto do que escreves.
Obrigada mais uma vez.
Bjos*
olá porfírio. espero que o teu último comentário seja só isso e não uma premonição. não voltas? o mês de março está tão triste sem ti. fico à espera de mais posts. um grande beijinho.
Faço minhas as palavras de Alice.
Um abraço
e o gesto das mãos a pedir
que voltes:)
...saudade.
Beijinho*
Vou-me referir ao post abaixo - como gostei de encontrar aqui a Menez
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