TUGAZOMBI

cadáver semi-frio com cereja na terceira narina

domingo, abril 23, 2006

23

muito rocha apetrechada de amar folhas
decalques sim: feijões proeminentes
por quem me ata cotilédones dependurado
muito qualquer coisa última num toque
de lianas se escorre um milímetro de arrozal
sobram amidos na confusão das bocas
muito papoila andante de malas feitas
um dia luzindo morte à escaravelho
cedo comparando mordeduras de alface
muito trinado compulsivo a abrir
corolas ao quadro estriado sobre retinas
cansa-me a guerrilha vegetal no pulso
muito tesouras dançarinas numa paleta
e amputam sexo à tinta chorando óleo
Porfírio Al Brandão
in episódios

4 Comments:

Blogger Maria P. said...

Fantástico!
Um beijo e boa semana.

9:41 da manhã  
Blogger martim de gouveia e sousa said...

bela tela, voz bela. abraço.

10:36 da manhã  
Blogger isabel mendes ferreira said...

como eu gosto do que "pintas"...

como eu gosto de te saber de volta. assim. intenso. furiosamente vocabular. metálico.

um luxo.


beijo.

10:48 da manhã  
Blogger Isabel Magalhães said...

"muito trinado compulsivo a abrir corolas"




Lindo!

Um []

6:35 da tarde  

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