UM ADEUS CHAROLÊS
a regra assassina salvaguarda que os pêssegos
sangram mais na calçada
superlativo tridimensional no qual
a bailarina esquizofrénica estica as sedas
para filtrar mucos aleijados ao seu mestre rezingão
também choram estes pêssegos ou simplesmente
assobiam esófagos
mas isso mero percalço num talvez aberto
a outros que um na sua vez chama
em tantas rajadas e apenas insólita uma transporta
cornelhos medicinais à fábula
adeus aos monstros mais fiéis que não perdoam
o facto de nunca terem sido emprenhados na
primeira lua do mês de nisã
todos estes anos
e sentem-se cada vez mais feios
não obstante o sacrilégio de recordá-los em ceia onírica
com os prodigiosos utensílios carnais
preservando sempre um horror bélico a tresandar a sexo feroz
que dá brilho ao maravilhoso amado
sito na cúpula d'húmus
um longo e antiquíssimo olá às estórias enviuvadas
com fiozinho de mentira agridoce
bem perto do caldeirão mágico onde sortidos fogos
determinam a altura dos degraus no próximo sonho
e já que reentro nos silos da prosperidade dos poros
como se jogasse às escondidas com as gavetas de dalí
um até já a ti freud
que és magno tarólogo de doutores rubricóides
com mãos sempre prontas junto às canetas de prata
armadilhadas à cintura
adeus por fim ao amor lavrado em pedra fria
com a sua irrepreensível queda silábica
para o abandono
sangram mais na calçada
superlativo tridimensional no qual
a bailarina esquizofrénica estica as sedas
para filtrar mucos aleijados ao seu mestre rezingão
também choram estes pêssegos ou simplesmente
assobiam esófagos
mas isso mero percalço num talvez aberto
a outros que um na sua vez chama
em tantas rajadas e apenas insólita uma transporta
cornelhos medicinais à fábula
adeus aos monstros mais fiéis que não perdoam
o facto de nunca terem sido emprenhados na
primeira lua do mês de nisã
todos estes anos
e sentem-se cada vez mais feios
não obstante o sacrilégio de recordá-los em ceia onírica
com os prodigiosos utensílios carnais
preservando sempre um horror bélico a tresandar a sexo feroz
que dá brilho ao maravilhoso amado
sito na cúpula d'húmus
um longo e antiquíssimo olá às estórias enviuvadas
com fiozinho de mentira agridoce
bem perto do caldeirão mágico onde sortidos fogos
determinam a altura dos degraus no próximo sonho
e já que reentro nos silos da prosperidade dos poros
como se jogasse às escondidas com as gavetas de dalí
um até já a ti freud
que és magno tarólogo de doutores rubricóides
com mãos sempre prontas junto às canetas de prata
armadilhadas à cintura
adeus por fim ao amor lavrado em pedra fria
com a sua irrepreensível queda silábica
para o abandono